Enquanto o Data Center na Praia do Futuro (CE) e o SACS caminham para a recta final, a Angola Cables está pronta para comercializar o cabo submarino Monet
A multinacional de telecomunicações dedicada à comercialização de circuitos internacionais de voz e dados por cabos submarinos de fibra óptica, apresentará importantes novidades sobre seu megaprojeto internacional de telecomunicação na Futurecom 2017. Para isso, a empresa contará com um stand de 50 metros quadrados na rua E12 e participará de um painel dedicado ao tema cabos submarinos. O evento ocorre entre 2 e 5 de outubro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
A rede de conectividade internacional da Angola Cables estará concluída com a entrada em serviço dos três sistemas submarinos que circulam o Atlântico e os seus datacenters instalados em Luanda e Fortaleza. Os sistemas submarinos são compostos pelo WACS (West African Cable System), que atualmente conecta 11 países da costa Ocidental africana a três europeus e se encontra em processo de ampliação; SACS (South Atlantic Cable System), fará a conexão entre a América Latina e África, ligando Luanda a Fortaleza, previsto para entrar em operação em julho de 2018; e Monet, cabo responsável pela rota Santos, Fortaleza e Miami, com previsão para funcionar plenamente em novembro deste ano.
A Angola Cables ainda possui o Angonap, datacenter localizado em Luanda, já operante e em processo de expansão, e o datacenter de Fortaleza, em fase de construção. Este último, somado ao SACS e ao Monet correspondem a um financiamento de cerca de US$ 300 milhões.
De acordo com Artur Mendes, CCO da empresa “Os projectos dos Data Centers e dos cabos são passos importantes na afirmação da empresa, que servirá de ponte digital no Atlântico Sul. Com esta rede transatlântica em operação, os agentes do mercado terão rotas de maior eficiencia e alternativas de troca de conteúdos.
Painel sobre cabos submarinos
A Angola Cables participa de um painel que abordará os fatores essenciais que viabilizam o uso de cabos submarinos no Brasil. Em apenas dois anos, o uso da capacidade instalada de banda larga no mundo praticamente dobrou. Considerando-se apenas a América Latina, o crescimento anual da demanda ultrapassa 40%. E por isso, a região é a que mais deve receber investimentos em cabos submarinos de fibra óptica, entre 2016 e 2018. O painel, que acontece no Auditório Argentina, na quarta-feira, 4, às 17h15, contará com as participações de Artur Mendes, representando a Angola Cables, assim como outros representantes de outros sistemas de cabos submarinos.
Confira abaixo informações sobre os principais projetos da Angola Cables:
SACS
Trata-se de um projeto inovador de telecomunicações, que consiste em ligar Luanda, em Angola, a Fortaleza, no Brasil, por meio de um cabo submarino de fibras ópticas de cerca de 6.500 quilômetros. O South Atlantic Cable System é o primeiro cabo submarino a ser instalado no Atlântico Sul, ligando a África à América do Sul. Tudo isso na velocidade da luz — o percurso da informação entre os dois países será feito em cerca de 63 milissegundos, ou seja, mais rápido que um piscar de olhos. A transmissão via satélite é de 360 milissegundos. O cabo, que terá capacidade de comunicação de pelo menos 40 Tbps, foi lançado ao mar, em Angola, em agosto e deve chegar à Fortaleza no fim desse ano.
MONET
O cabo submarino de fibra óptica Monet interligará as cidades de Santos, Fortaleza e Miami. Sua rota será de mais de 10 mil quilómetros, tendo a Angola Cables uma capacidade de 24 Tbps, com dois pares de fibra escura.
WACS
O West African Cable System (WACS) é um cabo submarino de fibra óptica, que a empresa opera desde 2012. Com cerca de 14 mil quilómetros de extensão, possui capacidade de 14,5 Tbps. O cabo liga a cidade de Yzerfontein, na África do Sul, a Londres, no Reino Unido. O cabo toca 11 países africanos na costa ocidental e três países europeus. Neste consórcio participam 18 diferentes operadores.
DATA CENTER
Com previsão de início das operações no primeiro trimestre de 2018, na Praia do Futuro, o Data Center ocupará uma área total de 9 mil metros quadrados e terá, quando totalmente finalizado, cerca de 3 mil metros quadrados de área útil de TI. A infraestrutura terá certificação do tipo TIER III, para a sua qualidade de prestação de serviço. O local, que contará com a utilização de fontes de energia renováveis, será o ponto de maior conectividade intercontinental da América Latina, visto que a partir dele os dados trafegados chegarão aos demais continentes, de uma forma directa ou no máximo, com uma única parada. O Data Center será fundamental para potencializar a digitalização no Ceará e operar como um Data Center neutro para a sustentabilidade digital da região.
Sobre a Angola Cables:
Angola Cables é uma multinacional de telecomunicações, fundada em 2009, que opera no mercado de atacado, cujo core business é a comercialização de capacidade em circuitos internacionais de voz e dados por meio de um sistema de cabos submarinos. É um dos maiores acionistas da WACS (West African Cable System), fornecendo serviços de nível de operador a operadores em Angola, África e Europa, tornando-se rapidamente um dos principais fornecedores de IP por atacado na região.
Os seus principais novos projectos – SACS e Monet – cabos que vão interligar três continentes: América do Sul, América do Norte e África, bem como o Data Center de Fortaleza, uma instalação de tipo Tier III, interligará os seus sistemas de cabo, criando uma rede internacional ao conectar diferentes regiões económicas.